Hey, professor, deixe o filósofo em paz!


Creio que essa dúvida perpassa pelas cabeças de muitos jovens que se deparam com a Filosofia... e quase em uníssono, dizem: "ei, professor, para que estudar esses filósofos que já morreram há tanto tempo?"

Vamos bem vagarosamente. Os filósofos, independente de onde vieram, propuseram ideias, reflexões e críticas. Num processo lento e de esforço, o mundo ocidental foi absorvendo muitas dessas ideias - e podemos dizer que tais "moldaram" nosso intelecto. Mas o que isso signifca? Significa que, se o filósofo "fez a cabeça" da população, essa ideia se instaurou naquele espírito e alterou o modo de ver a realidade.

Pense, por exemplo, em Parmênides - sim, o pré-socrático. Com o "imobilismo", ele deu uma nova cara ao problema do movimento e mudança de tudo... Disse que embora possamos nos apegar às mudanças (como as opiniões), não estaríamos ainda lidando com o ser (que era uma designação para verdade).

Pois bem. Tais ideias ecoam até hoje... ou você discorda que, quando lê "Nada do que foi será, denovo do jeito que já foi um dia?", lembra automaticamente do rio de Heráclito? Nobre alunos, as ideias dos filósofos, para usar uma imagem, ainda pulsam - caso contrário não mais estaríamos falando sobre eles. Elas estão aí, aqui, soltas e presas nas nossas cabeças - estudar filosofia é estudar a história das reflexões e ideias ocidentais (e que nos formaram, mesmo distantes!).

Pois bem, visando isso, sempre proponho à vocês - alunos - que façam pontes que liguem o passado com o hoje (e que encontrem filosofia antiga, medieval, moderna e contemporânea em tudo que possa lhe cercar). E, além disso, meu trabalho de final de "etapa" na escola também aponta para tal: que tal, eu proponho, vermos o que nos resta dessa teoria? Vamos procurar em músicas, jornais, entrevistas?

E você, visitante, consegue fazer tais pontes? Tente!

Abraços, visitante do blog!

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