O Filósofo como "Homo Crisis"
Segundo um interessante artigo publicado no ano de 1998, em Lisboa (assinado por J. Rosete), a filosofia sempre emergiu em tempos de crise - com o objetivo de "fazer um balanço e apontar novos rumos para a sociedade". Observando tal afirmação, podemos deduzir desta que o filósofo possui um importante papel na sociedade, na medida em que sua função se vincula ao diagnóstico de uma nação em mutação - e que leva a autora a considerá-lo um "Homo Crisis".
Essa propriedade não é nova. Há uma especificidade crítica na Filosofia desde os pré-socráticos - e, observando atentamente, em todos os momentos nos quais há um contexto em alteração. Foi deste modo no Ilumismo; com os filósofos continentais; com os existencialistas; etc... Há quase uma possibilidade de generalizar, embora não seja prudente fazer tal.
De uns anos para cá a palavra CRISE vem aparecendo diariamente em nossos noticiários... seja a financeira (agora em voga), a ambiental, social, saúde, educacional... estamos, pois, em um mundo em crise!?
A minha resposta é sim. Não pretendo dizer que tal crise seja "de agora"; mas o "descortinar", a evidência maior, se dá neste nosso momento. Seria por tal evidência que o governo re-implanta a filosofia na escola? Seria por tal que a filosofia volta a ser clamada? O surgimento de filósofos em nossa sociedade brasileira teria alguma relação?
Perguntas e mais perguntas... publicarei o texto na íntegra, em outra oportunidade. Como desfecho, deixo-lhes Rosete:
"Possam pois haver condições favoráveis à Filosofia, esta saberá merecer o desafio a que tem pleno direito: devolver o humano ao humano sem quaisquer pudores."
Essa propriedade não é nova. Há uma especificidade crítica na Filosofia desde os pré-socráticos - e, observando atentamente, em todos os momentos nos quais há um contexto em alteração. Foi deste modo no Ilumismo; com os filósofos continentais; com os existencialistas; etc... Há quase uma possibilidade de generalizar, embora não seja prudente fazer tal.
De uns anos para cá a palavra CRISE vem aparecendo diariamente em nossos noticiários... seja a financeira (agora em voga), a ambiental, social, saúde, educacional... estamos, pois, em um mundo em crise!?
A minha resposta é sim. Não pretendo dizer que tal crise seja "de agora"; mas o "descortinar", a evidência maior, se dá neste nosso momento. Seria por tal evidência que o governo re-implanta a filosofia na escola? Seria por tal que a filosofia volta a ser clamada? O surgimento de filósofos em nossa sociedade brasileira teria alguma relação?
Perguntas e mais perguntas... publicarei o texto na íntegra, em outra oportunidade. Como desfecho, deixo-lhes Rosete:
Pelo menos temos a Filosofia em tempos de crise. O que é praticamente todo o tempo. Acredito também que ela atua sempre, mas só nesses momentos ganhe algum crédito por parte da sociedade. Em relação ao ensino nas escolas, resta saber sua qualidade.
ResponderExcluirMas sempre tem algo em crise, não?
ResponderExcluirSó acho que agora tá desequilibrado demais, mais que o "normal".
Agora, se a filosofia ainda for vista como entediante como você disse na postagem anterior, de que adianta se segurar nessa ciência? A filosofia só vai ajudar quando for aceita como algo essencial.
Não discordo desse movimento de não cessar das crises, embora haja momentos específicos nos quais a crise alcança seu ponto máximo de instabilidade - e são esses pontos que ocasionam as reformas e mudanças. Pensemos numa revolução francesa, que possui antecedentes longinquos - mas que necessita de um estopim para o início.
ResponderExcluirEsse "desequilibrado demais" é justamente o que quero demonstrar com esses "momentos cruciais".
Sobre o fato da filosofia "entediante", basta olharmos com otimismo... a reintrodução da filosofia no Ensino Médio, a divulgação desta por outros meios... faz com que tenhamos uma crescente perspectiva de adeptos da prática.
Pois, esteja claro, antes de gostar de filosofia (e de qualquer outra disciplina) temos de aprender... gostar ou não é um ato subjetivo de escolha e, se racional, é feita após conhecer.
Os que se entediam não "gostam" - tristemente não conhecem.