O Labirinto...

O Labirinto (Antônio Miranda)

Um labirinto infinito que termina quando recomeça

Que é o princípio de seu próprio fim: eterno!

Um desvão secreto, um epicentro inalcançável

Enquanto, perdido, ouço a própria voz distante.


Aonde me levam estas trilhas tortuosas?


A que desertos, desterros, a que ares represados?

Tantos rostos irreconhecíveis, corpos ausentes!
Quantos atropelos, quantas negações insidiosas!
E eu a errar por espaços contidos, viciados.


Qual a direção deste vento aprisionado?


Os muros bifurcam-se, fecham-se, multiplicam-se

em outros muros mais adiante: são os mesmos

no círculo vicioso de uma vida programada

que devora e recicla, ad infinitum, sua mesmice.


* - Crédito da imagem: Arthur Gasperini - O Minotauro (trabalho apresentado como conclusão da etapa na Sétima Série do Colégio Cenecista Márcio Paulino).

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