E quem veio primeiro?! O ovo ou o blá blá blá?


Depois de um breve período de ausência, retomo às atividades normais do blog.

Peço-lhes apologias, pois estive ocupado com várias atividades essa semana: elaboração de provas, correção, aulas (e mais aulas!), dentre outras. Apesar de todo essa turbulência, arrumei um tempinho para conferir hoje - clima chuvoso e frio, sobretudo - o projeto "Café com Cultura" - que acontece sempre na primeira segunda-feira de cada mês, aqui em Sete Lagoas.

O motivo que arrastou-me até a "Casa da Cultura" (nome do local onde aconteceu o debate) foi a presença do novo Secretário de Cultura da cidade - que viria (digno de cumprimentos) falar sobre as propostas e demais projetos em andamento. Bem, vamos aos fatos - e ao questionamento filosófico:

1 - A casa, que oferece lotação para 130 pessoas, estava ocupada por míseras 30 - o que é notavelmente compreensível... chuva, pouca divulgação... etc (e eticéteras). Isso (é, sim, um puxão de orelha nos "artistas") é irrelevante.

2 - Embora muitos falem a palavra "cultura" abertamente, uma introdução teórica (veja, não creio que deva ficar em tal âmbito teorético! Mas pulá-lo jamais!) seria interessante. Falar em "projetos culturais" é extremamente amplo e exige um esclarecimento lógico.

3 - (E mais importante) - Após todas as considerações, uma pergunta no ficou ar... pairando (e persiste)...

Os cidadãos não se interessam por "atividades culturais" pelo fato de não termos investimento na área (ou seja, por não termos tais custeadas pela prefeitura) ou não temos investimento na área por que os cidadãos não se interessam por cultura (lutar contra a TV?)!?

Ok, ok... creio que a questão do ovo e da galinha seja de resposta mais fácil...

Ps. digno de nota:

cultura (lat. cultura) 1. Conceito que serve para designar tanto a formação do espírito humano quanto de toda a personalidade do homem: gosto, sensibilidade, inteligência.
2. Tesouro coletivo de saberes possuído pela humanidade ou por certas civilizações
3. Em oposição a natura (natureza), a cultura possui um sentido antropológico: é o conjunto das representações e dos comportamentos adquiridos pelo homem enquanto ser social.
4. Num sentido mais filosófico, a cultura pode ser considerada como um feixe de representações, de símbolos, de imaginário, de atitudes e referências.
5. Cultura de massa é uma expressão, de uso ambíguo, freqüentemente utilizada para designar a possibilidade de uma população ter acesso aos bens e obras culturais produzidos no passado e no presente. seja o processo de degradação.

Comentários

  1. Ah... Talvez seja culpa tanto da população quanto do governo. Quero dizer, se alguém reclamasse da falta de investimento na cultura, só caberia ao governo tomar uma providência.
    Mas eu não acredito que alguém tenha tomado essa iniciativa, eu mesma acho que essa área devia ser mais valorizada aqui, mas nunca fiz nada por isso. Todo mundo reclama mas ninguém move um dedo.

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  2. Ótima observação!

    O que sugiro, por enquanto, é que coloquemos o tema em debate (à nível da cidade). É uma forma inteligente de engajarmos no assunto - consequentemente teremos a saída para o plano prático (se tivermos o teórico-não-estacionário).

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  3. Viníciuis Rocha Braga Lessa7 de abril de 2009 às 20:50

    Pelos motivos do primeiro comentário, admito a mea culpa, pois sempre vale lembrar que NÓS escolhemos NOSSO governo. Não acredito que o país tem os governantes que merece, de forma alguma! Temos autoridadas às nossas escolhas, sabendo ou não fazê-las. Mas quando não sabemos, isso, em parte, deve-se a "falta" de "cultura", comum a maioria da população. Resumindo, acredito que somos culpados por não mudar (ou sim) o triste quadro cultural brasileiro.

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  4. Quando você quiser a gente conversa de novo sobre a questão do ovo e a galinha hehehe

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  5. Também concordo com o primeiro comentário.
    Acho um absurdo a cidade não ter investimentos na área cultural, mas nunca reclamei de nada.
    Outro fenômeno que podemos observar na cidade são as iniciativas isoladas de um determinado grupo (sempre o mesmo) que tenta de alguma forma promover algum evento na cidade. O fato é que há um grupo que organiza (poucos) e um grupo que participa (conhecidos dos que organizam) o que faz com que o público seja sempre o mesmo. Pode ser falta de divulgação, mas será que se houvesse tal divulgação o público seria maior? Acho que sim, mas nada tão considerável assim. Pode-se tomar por base o Opinião, é um lugar (muito bom) alternativo, que toca música boa e é (relativamente) divulgado e o público continua o mesmo!
    Lembro-me das apresentações na Estação Ferroviária e no Casarão (ainda existem?). Das vezes que fui sempre encontrei as mesmas pessoas.
    Sinto muito em concluir que a cidade não é das mais interessadas por eventos culturais e que um pagode, axé, ou funk faz muuuuito mais sucesso!

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  6. Galerão até se interessa por cultura, mas em geral cultura considerada "de massa". Não vejo isso como uma coisa ruim, desprezível ou trem de ignorante, no fundinho do coração eu considero isto mais como característica.

    O que eu penso sobre a cultura, digamos, annn, intelectual (neste sentido afrescalhado de boa música, filosofia, literatura, etc) o que falta é o de sempre: Informação. Existe uma caralhada de gente que toparia ir, nem que fosse pra conhecer (salvo algum problema de ordem maior que impeça a pessoa, como a preguiça), mas ninguém fica sabendo de porra nenhuma. Certeza que alguns morro-vermelhanos gostariam de ir pra conhecer, outros até porque teem afinidade, mas ninguém tem notícia da parada.

    Ah! Claro! O grupo desta cultura, digamos, intelectual, é realmente restrito. Boa divulgação iria aumentar o pública, mas daí seria preciso algo de boa qualidade que o mantivesse presente.

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  7. Os governantes sao escolhidos por nos. Sao um retrato de quem os elegeu (maioria). Nao estamos apenas em posto de vitima.Temos em nossas maos o poder da mudanca!

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