Técnica e Tecnocracia

Olá, nobres companheiros!
Publico hoje um fragmento de um texto da Maria Lucia de Arruda Aranha - tenho certeza que tal irá ajudar os alunos na prova temática de minha escola!

A técnica é um poder cujas conseqüências nem sempre aparecem muito claramente no início do processo, por isso convém não desprezar a sabedoria daqueles que desejam discutir sobre os fins a que ela se destina, Isso significa que o técnico não pode ser apenas técnico, mas deve ser capaz de refletir a respeito dos valores que envolvem a aplicação da técnica. Por exemplo, a industrialização não-planejada transforma o mito do progresso no pesadelo da poluição e do desequilíbrio ecológico.
Outra interpretação possível da velha lenda é que o primeiro sonho do maquinismo foi a libertação do homem das tarefas mais árduas e repetitivas. No entanto, o que temos observado é a ampliação do "batalhão de operários" executando ordens mecanicamente sem que tenha havido significativa redução do tempo de trabalho ou melhoria da qualidade de vida.
Já em pleno Século das Luzes (séc. XVIII), Rousseau contrariava as expectativas otimistas que a maioria depositava nas vantagens do desenvolvimento da técnica, denunciando o avanço da desigualdade entre os homens. Afinal, o que ainda hoje constatamos é que os frutos da tecnologia não têm sido distribuídos de forma igual entre os homens.
Na segunda metade do século XVIII, operários da região de Lancashire, na Inglaterra, fizeram diversos movimentos durante os quais era destruído o maquinário das instalações fabris. Os "quebradores de máquinas", na verdade, já percebiam, com aflição, as profundas modificações decorrentes da passagem da produção artesanal e doméstica para a fabril.

Grande abraço a todos!

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